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Casares explica por que São Paulo vendeu quatro jogadores da base

por edineymartinstorres

Em entrevista exclusiva à ESPN, concedida nesta terça-feira (9), o presidente do São Paulo, Julio Casares, explicou por que o time vendeu quatro jogadores das categorias de base nos últimos meses.

Como mostrou a reportagem na última segunda-feira (8), o último a sair foi Henrique Carmo, que tem negociação bem encaminhada com o CSKA, da Rússia.

Antes de Carmo, o Tricolor já havia negociado o meia Matheus Alves também com o time de Moscou, por R$ 37,9 milhões; William Gomes com o Porto; por R$ 55 milhões; e Lucas Ferreira com o Shakthar Donetsk, por R$ 50,64 milhões.

De acordo com Casares, as vendas foram “extremamente necessárias” para que o clube não feche o ano com outro déficit.

O mandatário também destacou que, no caso de Henrique Carmo, o próprio atleta e seu estafe mostraram vontade de ir para o CSKA, o que acelerou a saída.

“O São Paulo vive um momento de recuperação financeira, de necessidade. É uma questão financeira difícil, que está melhorando, mas o São Paulo precisa vender jogadores. Claro que temos que manter um time competitivo, mas quando você tem um jovem que não tem a minutagem adequada e talvez não a tenha dali para frente, mas temos a responsabilidade de colocá-lo, pagar salários, custos operacionais, manter o gramado, o estádio e toda a preparação de infraestrutura dos CTs”, afirmou.

“No caso do Henrique, ele tinha sido alvo de um empréstimo, antes, do PSV, e nós o seguramos. Estive aqui com os pais e os empresários dele, e eles queriam ir embora. Tentamos fazê-lo continuar aqui com a gente, mas recebendo essa proposta, que foi a única, fizemos o melhor possível, com a convicção de que temos que equilibrar o clube financeiramente”, seguiu.

“Claro que gostaríamos que tivesse sido de dois dígitos. Mas fizemos o melhor possível. O São Paulo não pode mais apostar em campeonatos para ver depois a venda, como fizemos com o Beraldo. Não podemos apostar para ganhar e para vencer. Precisamos ter responsabilidade”, analisou.

“O São Paulo não pode mais experimentar déficit. Já fizemos, até quando ganhamos a Copa do Brasil em 2023. Claro que aquela conquista foi importante, mas perdemos a oportunidade de vender o Pablo, que se contundiu com cirurgia e o próprio Nestor. A venda do Henrique e dos demais era extremamente necessária”, complementou.

A venda de Henrique foi encaminhada por US$ 6 milhões (R$ 32,53 milhões), com mais US$ milhão (R$ 5,42 milhões) em variáveis a depender de algumas metas.

O pagamento será parcelado, sendo a maior parte da quantia paga no momento do fechamento do negócio. Além disso, o Tricolor ainda fica com 25% do passe do atleta.

Vender agora para segurar no futuro

Também na entrevista à ESPN, Casares assegurou que, se o clube tivesse condições, seguraria suas joias de Cotia por mais tempo.

No entanto, ele salientou que está tendo que vender os garotos agora para “arrumar a casa”, permitindo ao time ter condições de manter seus atletas no futuro próximo.

“Sim [seguraria jogadores por mais tempo se tivesse condições financeiras]. Um time bem equacionado pode esperar mais para vender, deixar esses jogadores com mais minutagem e ter tranquilidade para que isso aconteça. Estamos fazendo isso agora para que no futuro o São Paulo tenha essa condição (de segurar jogadores)”, apontou.

“Quando o São Paulo estiver em um outro patamar, ele pode esperar um pouco mais para segurar o profissional que vem da base. Nós não podemos nunca enganar o torcedor, a pressão econômica hoje é muito grande”, alertou.

“O São Paulo começa a ter um viés muito grande de uma recuperação. Temos os próximos meses para continuar e fechar em superávit. Estamos nos esforçando. Vi os resultados até agora, de agosto, e nós tínhamos a previsão de déficit de R$ 1,8 milhão de déficit e deu um superávit de R$ 4,2 milhões, então mostra uma recuperação”, argumentou.

“É um bom sinal, mas tempos que continuar trabalhando. A venda dos atletas é relativa: tem a questão financeira, claro, de que poderia ser mais, mas tem o aspecto de mercado, você vende a oferta que tem”, finalizou.

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